João Maria Vianney
nasceu no dia 8 de maio de 1786 em Dardilly, aldeia a 10 quilômetros ao norte
de Lyon, na França, era o quarto filho de Mateus Vianney e Maria, sendo o pai
de João um proprietário de terra com doze hectares que ele mesmo Cultivava. João
Maria Vianney foi batizado no mesmo dia em que nasceu. Desde criança o pequeno
João Maria queria ser padre, aos quatro anos ia sempre à igreja e gostava de
rezar sempre.
Nesse período a cidade de Lyon se encontrava em conflito e a
liberdade religiosa ficou ferida, para manter a ordem na cidade, o padre
aceitou se sujeitar às normas do Estado para não fechar a igreja, porém pouco
depois a igreja foi fechada pela repressão em 1794. Mesmo assim, João
continuava suas orações em seu quarto. Depois da revolta da época, a população
estava na miséria, e João sempre ajudava os mais pobres e necessitados,
destacando-se entre os garotos de sua época.
Aos treze anos de idade João Maria
Vianney foi morar na casa de um tio em Écully para ser catequizado pelas freiras,
que também o ensinou a ler e escrever, João pouco conhecia a língua francesa,
pois falava em sua casa um dialeto regional. Em 1799 João recebe a primeira
comunhão em um quarto de uma casa em Écully, para não levantar suspeitas foi
colocada uma carroça de feno na frente da janela, com todo esse clima de tensão
João fica sensibilizado com a coragem do padre e assim desejava ardentemente
ser um sacerdote. Aos vinte anos João inicia seus estudos em vista do
sacerdócio, porém suas dificuldades com o francês o impedia de bem realizar
seus estudos e ainda o latim, língua litúrgica na época, que João aprendia com
dificuldades, mas era bem esperto quando o ensinavam em linguagem simples.
Para
conseguir êxito em seus estudos João faz uma peregrinação a Louvesc, onde
estava enterrado são Francisco Régis, de quem se falava que de Deus conseguiria
qualquer graça, fez o percurso de cem quilômetros a pé e ainda como mendicante,
quase morreu de fome e no fim da trajetória ele diz “só mendiguei uma vez na
minha vida e me dei mal. Foi então que aprendi que é melhor dar que receber.”
Quando a guerra
estourou João Maria foi convocado, mas em meio à guerra ele ficou gravemente
enfermo e fugiu para aldeia dos Robins, onde ficou amigo de boa parte da
população e assim ele não foi denunciado. Quando o irmão mais novo que João
completou a maioridade ele se ofereceu para lutar no lugar dele, já que o pai
de João teve que pagar altas multas, o irmão nunca mais voltou desse combate.
João ingressara no seminário de Varrières no dia 1° de novembro de 1812. Mas no
fim da filosofia João fora dispensado pelo seu fraco rendimento, mas, logo
ingressou em um seminário Saint-Irènée, mas nesse seminário todas as aulas são
ministradas em latim, fazendo que João reprove nas primeiras provas e novamente
é mandado para casa.