quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Participar bem da Santa Missa





Padre Edimilson
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com
A cada Santa Missa, o Senhor nos apresenta a salvação, e cabe a cada um de nós ter um coração aberto e receptivo a tudo que iremos experimentar.

Por esse motivo, não podemos participar da Celebração Eucarística de qualquer forma, pois o rito pelo rito não tem significado. Mas existe algo sobrenatural que age em nossos corações e nos aproxima de Deus.

Você não pode se comportar como a virgem imprudente diante da salvação, pois você não sabe a hora que Jesus irá chamá-lo. Por isso, não podemos chegar atrasados na Santa Missa ou tratar tudo como uma encenação, caso contrário estaremos pecando contra tudo que Deus nos prometeu.

O Catecismo da Igreja Católica nos fala sobre o perigo de recusar a caridade divina, quando tratamos com indiferença ou desprezo as coisas que vem do Alto.

O papel do padre em uma Missa é fazer com que os fiéis compreendam e entrem no mistério litúrgico. Porque um sacerdote que não se esforça para que isso aconteça é o mesmo que uma pessoa da assembleia que participa desatento da celebração.

A Igreja nos apresenta dois tipos de pecado: os veniais e os mortais. Os veniais não nos afastam da Celebração Eucarística, porém, os mortais fazem com que rompamos a aliança com Deus e exigem que busquemos a reconciliação pelo Sacramento da confissão.

Quando se está em comunhão com Deus e participa da Santa Missa, você pode sair dizendo que foi salvo, pois o Senhor pode entrar no seu coração e ali fazer morada.

Ao invocarmos o Santo Nome, Ele sempre virá em nosso auxílio. Não permita que a preguiça o afaste da intimidade com Deus. Por muitas vezes você não sentirá vontade de fazer suas orações, de adorar o Senhor ou participar da Santa Missa, mas por amor Àquele que deu a vida por você, persista. 

Talvez, hoje, você se sinta incapaz de receber a salvação, porque carrega inúmeros pegados na sua história. Mas Jesus não quer saber da sua história, muito menos ficar fazendo memória das suas quedas, Ele apenas quer ver você voltando para a casa do Pai.

Em seu tempo, Jesus curou muitas pessoas, fossem elas paralíticos, leprosos, surdos ou mudos. A miséria que aquelas pessoas carregavam em seu coração as impediam de ir além das suas limitações. Porém, nada disso impediu que a Misericórdia do Senhor as atingisse, porque elas estavam dispostas a se abrir para a salvação.

Permita, nesse dia, que o Senhor gere em você um coração arrependido e desejoso pelas coisas do céu. Você, por tantas vezes, buscou em desespero as coisas desse mundo; agora, renda-se e suplique pela graça que vem do Alto.


(fonte: cancaonova.com)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Por que o celibato do sacerdote?



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O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes


Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê n'Ele o modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato, se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a Sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12).
Nisso Cristo está dizendo que os sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino de Deus”. O sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que, desde o ano 306, no Concílio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, até que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.
É preciso dizer que a Igreja não impõe o celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente e com alegria por aqueles que têm essa vocação especial de se entregar totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que o Senhor concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal.
No início do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que o grande Apóstolo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isso, o padre hoje obrigado a se casar? Não. O Apóstolo dos gentios tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso, cujos membros se converteram em idade adulta, muitos deles já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (cf. 1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem” (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”. São Paulo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos...). E enfatiza:
“Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de que o Reino já chegou com Jesus Cristo.
O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na Exortação Apostólica pos-sinodal“Sacramentum Caritatis”, de 22 fev 2007. Disse o Sumo Pontífice:

“Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo... é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato (...) Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade” (n.24).
O Mahatma Ghandi, hindu, tinha grande apreço pelo celibato. Ele disse: “Não tenham receio de que o celibato leve à extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência da nossa humanidade para um plano mais alto...

Vocês erram não reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa” (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).
Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!
O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teriam? Certamente não todos que talvez desejassem. Teriam certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?
Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contratestemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das confissões e aconselhamentos com o padre casado? Você já pensou se um dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível engravidamento da namorada?
Tudo isso, mas principalmente a sua conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de Deus, valoriza o celibato sacerdotal.

(fonte: cancaonova.com)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Editorial do Filme “Quase Deuses”


Um filme intrigante e capaz de trazer emoções que vão de indignação e repulsa a satisfação e contentamento. Esse é “Quase Deuses”! Um filme que conta uma história real, porém com o objetivo de mostrar o racismo muito “potente” no início do Séc XX nos EUA e mostrar como os pioneiros da cirurgia cardíaca fizeram o tal fato para a época impossível e indiscutível.

Este diretor foi feliz neste filme, pois o objetivo foi mostrado de forma clara e concisa – não foi à toa que recebeu 3 prêmios Emmy.

Vivien Thomas é um rapaz americano e negro, carpinteiro como o pai, sonhava em ser médico para conseguir um futuro sustentável para sua família. O fio condutor de todo o enredo começa a partir do contato de Vivien com o Dr. Alfred Blalock, que descobre no humilde negro virtudes e qualidades que fariam os seus projetos e sonhos serem prósperos.

Após muitos trabalhos e descobertas, chegam ao ponto de terem de quebrar barreiras do preconceito, da ética, dos costumes, para alcançar o tento de serem os primeiros corajosos a operar um coração humano e abrir as portas para um crescimento sem dimensões na medicina. Um negro que não era doutor realizar uma cirurgia que iria contra a ética da medicina da época, foi um dos muitos dos tabus e regras quebradas nessa história fascinante e real de Joseph Sargent.


Seminarista Thaisson Santarém