segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Pai Nosso, Nosso Pai


“Pai nosso que estais nos céus...”
Jesus nos ensina a chamar o Deus considerado a tantas épocas de o Altíssimo, o inalcançável, de Pai. E Pai de todos os seres viventes.

“... santificado seja o Teu nome...”
 Jesus também nos ensina a louvar ao Pai e o bendizer, fixando em nossos corações a santidade e divindade do Pai.

“... venha a nós o Vosso Reino...”
O Reino de Deus não desce como uma nave espacial. Jesus nos ensina a pedir que o Reinado de Deus esteja em nosso coração. Que Deus reine na minha vida. Que Jesus seja o Senhor de todas as minhas atitudes para que este Reino solicitado em oração se faça por completo.

“... seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu...”
Jesus nos ensina a dizer o Sim de Maria: faça-se a Tua vontade. Que seja feita a Tua vontade na terra, em todos os meus atos, em todo o meu entregar-me a Ti. Assim como no céu os Santos louvam e cantam glória por causa da Tua vontade que foi feita na vida deles, que seja também na minha para que eu entoe louvores em agradecimento a essa graça.

“O pão nosso de cada dia nos dai hoje...”
Esse Pai que nos ama tanto nos garante o pão de cada dia, o alimento para o nosso sustento. Existe alimento na face da Terra suficiente para todos os habitantes se fartarem e sem acabar o alimento, sempre se renovando. Pena que tem gente que tem e não divide, só quer mais, por isso temos tanta fome no mundo.

“... perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...”
Pai amado que nos perdoa sempre... No entanto, é necessário que vivamos o perdão mútuo entre todos. Não adianta eu querer ser perdoado por Deus, mas não perdoar o meu irmão que me fez algum mal, pois não estarei me assemelhando ao Cristo e nem cultivando o amor.

“... e não nos deixeis cair em tentação...”
Não nos garante que não teremos tentações ou provações, mas não deixa os filhos que realmente derem o sim para Ele caiam e fiquem mortos no pecado. Todos nós pecamos, é da nossa natureza, porém não devemos desistir de viver por causa do pecado. Por isso que o nosso Pai celeste nos dá a graça de levantar a cada pancada da vida de pecado.

“... mas livrai-nos do mal.”
O Criador de tudo não deixa com que seus queridos filhos sejam encaminhados ao mal, porém como quem escolhe que caminho andar somos nós, nos estrupiamos nas pedras da dúvida, da desesperança, da angústia e ainda cremos que Deus nos abandonou. Tentemos ultrapassar as barreiras, caindo e levantando, driblando o mal e se lançando no bem... Alcançaremos o céu.
Enfim, Jesus nos ensinou a forma de se chegar ao céu, nos ensinou como andar nas trilhas tortuosas do caminho ao céu. E nós estamos dando a mínima.
Vivamos o Cristo, vivamos o amor e após essa correria, esses sofrimentos, essas dificuldades para se assemelhar ao Cristo, possamos dizer no fim de tudo:
“Amém.”.


Seminarista Thaisson da Silva Santarém

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

São João Evangelista

São João Evangelista – 27 de Dezembro

O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso":uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26s). 

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável. 

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos. 

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano. 

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo. 

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC). 

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome. 


São João Evangelista, rogai por nós!


Seminarista Felipe Souza

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A vocação é um chamado


A vocação é um chamado, quando Deus chama, ele te quer bem perto dele, não importa as dificuldades, assim que descobrimos o que ele quer de nós, o primeiro impulso é fugir por medo do que ele nos propõe.

O meu chamado começou, quando eu morava no interior do Maranhão, tinha sete anos, fui morar em colinas – MA, nesta cidade terminei meus estudos. Minha mãe teve oito filhos e aos 20 anos, fui convidado pelo meu irmão mais velho para trabalhar por apenas cinco meses no mesmo local em que ele estava trabalhando, acabei ficando por dez anos, de onde sai para atender ao chamado que Jesus me fez.

Quando cheguei à Brasília em 2002, até então não conhecia muito a Igreja Católica, fiz a Primeira Eucaristia e a Crisma, era católico daqueles meia boca. Algumas vezes eu bebia um pouco e gostava de farra também.  Porém, em 2004, conheci o movimento EJC (Encontro de Jovens com Cristo), o qual fui chamado a fazer o encontro, mas viajei e só no ano seguinte tive a oportunidade de fazer. Passado o primeiro ano que fiz o encontro continuei do mesmo jeito, nas farras e bebedeiras. A partir do momento em que comecei a trabalhar nos encontros da Igreja, que pude conhecer a Cristo e presenciar a transformação realizada na vida de muita gente.

A mudança então veio a começar, quando conheci o Leandro Cruz um amigo hoje, ele era de farra também, vi nele um mudar de vida, neste meio tempo de largar tudo do mundão, veio à cruz através das pessoas chamando de mulherzinha, por que não saio mais para as festas nem com mulheres. Hoje me sinto outro, estou uns cinco anos sem beber, conheci a Jesus Cristo que me fez mudar verdadeiramente e acreditar que tudo é possível através de Jesus e Maria Santíssima. 

Então, comecei a viver uma vida de cristão, a frequentar a Santa Missa, a buscar os santos sacramentos e a frequentar os encontros do EJC nos finais de semana. Em 2010, fiquei sabendo dos encontros vocacionais, até então não sabia, eu fugia dos encontros como o ladrão foge da polícia. Lembro-me bem do Pe. Júlio me convidando: Vamos para os encontros? Levo-te agora. Não posso, tenho compromisso. Dava sempre uma desculpa, até que em junho de 2010 resolvi e fui no meu primeiro encontro, pois era o último antes das férias do seminário de julho. Marcaram uma entrevista com o Pe. Oscar no começo de agosto, eu não fui.

No ano de 2011, fiz os encontros vocacionais, meu Pai não sabia, só minha Mãe e minhas irmãs, chegou o momento de dar a resposta, se eu queria ou não, estava muito indeciso, tinha que deixar tudo para traz, um emprego de dez anos, minha família, estava na última semana e meu Pai ainda não estava ciente, e eu ainda tinha que dar a reposta. Liguei pro meu pai que ficou muito feliz, então mandei um SMS dizendo sim, que queria ir para o seminário.

Hoje, aprovado para o Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima da Arquidiocese de Brasília, estou muito feliz de estar estudando para seguir somente a Deus. “Por isso mesmo, irmãos, procurai com mais diligência consolidar a vossa vocação e eleição, pois, agindo desse modo, não tropeçareis jamais;” (2 Pedro 1:10). A Santa Missa é o ponto crucial de uma vocação, onde Jesus se faz presente, o verdadeiro a quem devemos seguir.


Seminarista Raimundo Filho

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Magnificat com os Seminaristas

Um dia na Capela do Santíssimo no Seminário Propedêutico São José os Seminaristas Anderson Jorge, Rafael Ribeiro e Luiz Octávio cantaram esse Magníficat, apenas para aqueles que acompanham o nosso Blog Propedêutico!! Então curtam e rezem conosco o cântico de Maria!



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Evangelizar...


Palavra tão simples e tão estranha...
Tão banalizada e tão cheia de sentidos.
Palavra cujo sentido real e significado desce ao ralo de segundo em segundo.
Por que algo que tem como objetivo uma outra palavra chamada “salvação” não é considerada como deveria?

Quando recorremos ao verdadeiro sentido, resgatamos a essência da simplicidade de algo de iniciação divina, algo realmente místico e real acontece,
Eis que um sorriso surge...
O céu se abre para um ser que vive atormentado pela falta de algo que na maioria das vezes nem ao menos conhece.
O olhar brilha como a grama orvalhada pela manhã.

O fim de tudo se dá quando descobrimos que o sentido mais claro e puro da palavra “Evangelizar” está no retorno do olhar sofrido que se tornou claro e esbelto.
Está no véu rasgado do orgulho e egoísmo para ver a simplicidade de Emmanuel.
Está no brilho do Sol escaldante que desce como camurça ao nosso corpo.
Está no coração palpitante percebendo a proximidade do Altíssimo Poder Divino na simplicidade de um sorriso.

Evangelizar não é mostrar algo impossível, inútil e difícil.
Evangelizar significar olhar com olho de ouro ao invés de um olhar de sangue.
Evangelizar é mostrar as maravilhas que em mim aconteceram por causa de um passo.
Evangelizar é trazer o céu como um raio em um segundo de nosso tempo presente.
Evangelizar é morrer para si, ressurgir para o outro e demonstrar o que é o Amor...
Enfim, Evangelizar é simplesmente dizer “Deus te ama” sem proferir uma só palavra.


Seminarista Thaisson Santarém

A Liberdade Interior



     Ainda que todos sonhem com um mundo livre, sem leis de punição, e acabem fazendo uma ideia de mundo utópica, esse não é nem de longe o conceito apropriado de liberdade. Mais, a liberdade pode ser um lugar de encontro privilegiado a nível de diálogo entre a cultura moderna e o Cristianismo. Mas é preciso conhecer a verdadeira natureza dessa liberdade.

     Se por um lado, para o homem moderno, ser livre significa, frequentemente, poder desembaraçar-se de todo limite e de toda autoridade, por outro, para o Cristianismo, só se pode encontrar a liberdade em uma submissão a Deus, na obediência da fé. Falta ao homem moderno, reconhecer que a verdadeira liberdade, mais que uma conquista do própria, é um dom gratuito de Deus, um fruto do Espírito Santo, recebido na medida em que se se coloca em uma dependência de amor diante do Criador.

     Ainda, pensa-se frequentemente que o único exercício verdadeiro da liberdade consiste em escolher dentre diferentes possibilidades aquela que mais convém. Pensa-se, portanto, que quanto mais amplo for o leque de opções, mais se é livre. A medida da liberdade seria, assim, proporcional à amplitude deste leque de opções possíveis. Essa noção de liberdade, que cedo induz a impasses e contradições, é muito presente no inconsciente do homem moderno, podendo-o levar a crer que esta é uma verdade, mas apresenta-se, na verdade, como um grande equívoco.

     Que o uso da liberdade leve frequentemente a poder optar entre diferentes possibilidades é verdade, e isso é bom. Mas quando se apega à necessidade de fazer uma opção, esquece-se que os elementos da existência humana que se escolhe são de uma importância bem menor que aqueles que não se escolhe. Veja, por exemplo, o sexo, a nacionalidade, a cor dos olhos, o temperamento, a língua materna. Todos esses são elementos de fato determinantes na existência humana, que não passaram pelo crivo da escolha. Simplesmente acolhemos todos eles, em espírito de gratidão por aquilo recebemos. E essa postura é fundamental no processo de amadurecimento pessoal.


     Portanto, chega-se à grande conclusão diante do tema liberdade: exercita-se de forma mais plena esse aspecto da vida humana, esse dom divino, quando se acolhe, e não quando se escolhe, ainda que fazer escolhas seja algo de fato importante no caminho do amadurecimento pessoal. Assim, o homem manifesta a grandeza de sua liberdade quando transforma a realidade a partir de suas decisões, mas o faz mais ainda quando acolhe a realidade com confiança, da forma como ela se apresenta dia após dia. Só se é verdadeiramente livre se se consegue abdicar até mesmo do direito de escolha para transformá-lo em postura de acolhimento. Essa é a verdadeira liberdade interior, que tem como fruto a verdadeira felicidade! Essa é a liberdade à qual os filhos e filhas de Deus são chamados: a liberdade conquistada pelo amor!


Seminarista Luiz Octávio

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Vida e Obra de São João Maria Batista Vianney



      João Maria Vianney nasceu no dia 8 de maio de 1786 em Dardilly, aldeia a 10 quilômetros ao norte de Lyon, na França, era o quarto filho de Mateus Vianney e Maria, sendo o pai de João um proprietário de terra com doze hectares que ele mesmo Cultivava. João Maria Vianney foi batizado no mesmo dia em que nasceu. Desde criança o pequeno João Maria queria ser padre, aos quatro anos ia sempre à igreja e gostava de rezar sempre.

Nesse período a cidade de Lyon se encontrava em conflito e a liberdade religiosa ficou ferida, para manter a ordem na cidade, o padre aceitou se sujeitar às normas do Estado para não fechar a igreja, porém pouco depois a igreja foi fechada pela repressão em 1794. Mesmo assim, João continuava suas orações em seu quarto. Depois da revolta da época, a população estava na miséria, e João sempre ajudava os mais pobres e necessitados, destacando-se entre os garotos de sua época.

      Aos treze anos de idade João Maria Vianney foi morar na casa de um tio em Écully para ser catequizado pelas freiras, que também o ensinou a ler e escrever, João pouco conhecia a língua francesa, pois falava em sua casa um dialeto regional. Em 1799 João recebe a primeira comunhão em um quarto de uma casa em Écully, para não levantar suspeitas foi colocada uma carroça de feno na frente da janela, com todo esse clima de tensão João fica sensibilizado com a coragem do padre e assim desejava ardentemente ser um sacerdote. Aos vinte anos João inicia seus estudos em vista do sacerdócio, porém suas dificuldades com o francês o impedia de bem realizar seus estudos e ainda o latim, língua litúrgica na época, que João aprendia com dificuldades, mas era bem esperto quando o ensinavam em linguagem simples.

Para conseguir êxito em seus estudos João faz uma peregrinação a Louvesc, onde estava enterrado são Francisco Régis, de quem se falava que de Deus conseguiria qualquer graça, fez o percurso de cem quilômetros a pé e ainda como mendicante, quase morreu de fome e no fim da trajetória ele diz “só mendiguei uma vez na minha vida e me dei mal. Foi então que aprendi que é melhor dar que receber.”

     Quando a guerra estourou João Maria foi convocado, mas em meio à guerra ele ficou gravemente enfermo e fugiu para aldeia dos Robins, onde ficou amigo de boa parte da população e assim ele não foi denunciado. Quando o irmão mais novo que João completou a maioridade ele se ofereceu para lutar no lugar dele, já que o pai de João teve que pagar altas multas, o irmão nunca mais voltou desse combate. João ingressara no seminário de Varrières no dia 1° de novembro de 1812. Mas no fim da filosofia João fora dispensado pelo seu fraco rendimento, mas, logo ingressou em um seminário Saint-Irènée, mas nesse seminário todas as aulas são ministradas em latim, fazendo que João reprove nas primeiras provas e novamente é mandado para casa.

Coroa do Advento



 A Coroa do Advento é um simples enfeite de ramos e velas. Para recordar-nos o significado deste tempo forte na vida da Igreja. A Coroa do Advento encontra sua origem entre os pagãos da Europa do Norte, que colocavam uma roda de carroça, enfeitada com luzes, para agradar um deus pagão, deus do sol, que se escondia durante o inverno por longas horas de escuridão.

Os cristãos, preparando-se para sua festa de luz e de vida, o nascimento do Salvador, aproveitaram esse costume pagão, e passaram a acrescentar uma vela à Coroa em cada domingo do tempo do Advento. Essas luzes relembram a escuridão do mundo pecador antes do Salvador, a promessa da Salvação, a preparação para o Messias pelos profetas e, finalmente, a Virgem que deu à luz a um filho chamado Emanuel: Deus conosco.

     A coroa, um círculo sem início e sem fim, simboliza a eternidade, a nova aliança de Deus com a humanidade. É também um sinal do amor de Deus que é Eterno.

      Os ramos verdes simbolizam a vida e a esperança, essa mesma esperança que leva a perseverança, uma entrega total da vida a Deus.



      As velas representam os séculos de escuridão, cada uma aumentando a luz até o Natal, quando comemoramos o nascimento de Jesus, a Luz eterna. As quatro velas: uma vela para cada domingo que antecede ao dia 25 de dezembro, cada vela de cor diferente que representa as cores litúrgicas do calendário litúrgico. As velas da coroa são acesas (a cada domingo mais uma), para iluminar a vigília do Advento, a preparação para vinda da Luz do Mundo, Jesus Cristo.

·         NA PRIMEIRA SEMANA É ESPERANÇA
·         NA SEGUNDA SEMANA É A PAZ
·         NA TERCEIRA SEMANA É A ALEGRIA (VELA ROSA)
·         NA QUARTA SEMANA É O AMOR
A vela branca é Cristo e está no centro da coroa. Simboliza que Jesus é deve ser o centro em nossa Vida. Tudo por Jesus e com Jesus.
Vamos nos preparar para receber o menino Deus.

Paz e bem!!!

Seminarista Elisvaldo Amaral



Fontes: 
1.      O POVO DE DEUS: FOLHA SEMANAL DA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA . Ano XLVIII - Brasília, 02 de dezembro de 2012 - Nº 1 / PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO – ANO C – SÃO LUCAS ANO DA FÉ

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Obra e Vida de Santa Catarina de Sena




Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Siena que fica na Península Italiana, tinha como pai Tiago Benincasa que tinha a profissão de tintureiro de lã e a mãe Lapa Piagenti, a qual amava muito a filha caçula, mas a própria mãe demorou muito tempo para entender a espiritualidade da filha, provavelmente a mãe só compreendeu antes de morrer com 90 anos.

Aos seis anos de idade Santa Catarina teve sua primeira experiência Mística , quando estava voltando de uma visita a uma irmã junto com seu irmão Estevão , avistou sobre a Igreja de São Domingos uma visão de Jesus Cristo utilizando paramentos sacerdotais e sentado sobre um trono sustentado por duas nuvens, o irmão não entendeu, pois Catarina pôs-se a adorar ali mesmo , então Estevão começou a chama-la e quando ela desviou o olha para explicar ao irmão , a imagem sumiu e ela pôs-se a chorar inconsolavelmente, quando chegou em casa contou a seus parentes mas apenas a mãe acreditou e guardou isso para contar mais tarde a um Frei que fora o primeiro Biografo da Santa.

Aos sete anos Catarina decidiu não se casar, mas quando chegou aos seus 12 anos, como de costume ela foi obrigada a se enfeitar e participar de festas para arrumar um noivo, pois seus pais não queriam mais uma solteirona em casa, então Catarina muito desajeitada não arrumava nenhum rapaz que quisera ser seu pretendente, então sua mãe e sua irmã Boaventura tiveram uma ideia e mandaram Catarina morar com a irmã para se melhor portar, e deu certo Catarina passou a usar perfumes, a arrumar o cabelo entre outras coisas, mas algo de interessante e trágico aconteceu, quando enquanto Catarina estava na casa da irmã durante um parto a irmã morreu e ela voltou para casa dos pais.

Após Catarina de Sena rejeitar mais um noivo, a mãe Lapa ficou furiosa e substituiu a criada por ela, mas oque para muitos seria motivo de Tibieza pois ela não podia mais meditar a palavra nem rezar no quarto de oração, para ela foi um grande aprendizado pois ela aprendeu a ficar na cela de seu coração, com isso depois de muito tempo um dia seu pai Tiago entrou no quarto de Catarina e a viu em oração estática e chamou sua mulher e ambos ficaram admirando sua filha e logo após isso Catarina falou que não adiantava pois ela não iria se casar de forma alguma, então seu pai tomou a decisão de deixa-la livre para seguir sua vocação.

Então quando Catarina chegou aos seus 16 anos já não podia esperar para entrar na Ordem Penitente de São Domingos (O.P.), era uma comunidade de Leigos que viviam sobre as leis de São Domingos, pois ela sempre foi regida por essa Ascese de São Domingos e já com um sobrinho lá ficava mais fácil de entender e de conviver com a Ordem, então ela teve um sonho onde o Santo falava que lhe daria um habito branco com véu preto (símbolo da Ordem), porem a pessoas que constituíam a Casa em Siena eram apenas mulheres casadas e também viúvas avançadas na idade, depois de convencer sua mãe mas não convencendo as madres, enfrentou uma profunda doença, e afirmou aos pés da mãe que morreria se não fosse admitida na Ordem Penitente, depois de tal ameaça as irmãs falaram que algo que lhes preocupava muito era a beleza de Catarina, porem quando a visitaram e viram seu estado deplorável admitiram ela como membro da Ordem, e em um domingo muito alegre e depois que Catarina melhorou os Padres da Ordem entregaram o habito penitencial.

Testemunho de um Seminarista


Consagro esta breve partilha ao Imaculado Coração da Santíssima Virgem Maria para que ela conduza todos os leitores ao conhecimento de seu dileto filho.

Antes de mais nada acho justo uma breve apresentação. Meu nome é Gustavo, tenho vinte e dois anos, sou filho de pais separados, tenho uma irmã mais velha (casada, e linda por sinal). Formado em Artes Cênicas (licenciatura) na Universidade de Brasília e atualmente sou seminarista. Porém como diz a música “Você não sabe o quanto caminhei pra chegar até aqui”.

Como todo e qualquer jovem sempre me questionei sobre o meu papel na sociedade. É muito comum ouvirmos que devemos tornar o planeta em um espaço melhor e agradável, que cada ser humano tem sua função, sua importância no mundo. Eu, não diferente dos outros jovens, me questionava e queria saber por que vim ao mundo.

Desde muito pequeno sempre fui à igreja com minha avó materna, hoje já falecida, e quando chegava em casa imitava o padre e “presidia uma missa” com direito a túnica, cálice, batata Ruffles e Coca-Cola. Quando pequeno, entre seis e oito anos, sempre dizia que queria ser padre, mas o tempo foi passando e fui esquecendo aquela feliz motivação à qual o bom Deus me chamava.  No primeiro ano do ensino médio minha vida mudou radicalmente. No dia 21 de dezembro de 2002 minha mãe teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e logo em seguida, meus pais que eram ministros da Eucaristia e participavam do Conselho Pastoral Paroquial se separam. Lembro- me que meu pai apenas disse que a partir daquele dia não morava mais em casa. Ele saiu sem dizer nada, sem brigar, sem levantar a voz para minha mãe, apenas disse que não viveria mais com a gente.

                Como acreditar em Deus depois de tanto sofrimento?  De tanta angustia? Minha Mãe ainda doente falava para que nós nunca desistíssemos de Deus, pois ele sempre nos ensina com as adversidades da vida. Assim continuamos vivendo, sofrendo pela ausência do meu pai e ainda mais com a doença da minha mãe.

Comecei a fazer teatro como terapia, já que não sabia controlar o excesso de sentimentos que passava naquele momento. Então me apaixonei de tal modo pela arte que resolvi me dedicar a ela. No entanto, não conseguia passar na UnB de jeito maneira. Resolvi fazer uma barganha com aquela que sempre me auxiliou. Disse a Virgem Maria que se ela me desse à graça de passar nos vestibular eu seria sacerdote.

Durante todo o curso sempre batia uma inquietude quando pensava na minha vocação. O coração ardia em ver um padre celebrando o santo sacrifício, achava lindo um padre que por amor usava batina, me atraí a radicalidade de alguns pregadores, mas pela realidade que vivia na UnB e por ter novos sonhos, o sacerdócio foi esquecido mais uma vez. No ultimo ano do curso todas as inquietudes voltaram com mais intensidade. Passei a querer de Deus grande sinais, grandes manifestações da minha vocação; queria que o céu se rasgasse e uma voz extraordinária falasse: EIS O MEU FILHO MUITO AMADO QUE EU CHAMO AO SACERDÓCIO. Isso, porém, nunca aconteceu. Com o auxílio de um diretor espiritual fui percebendo que Deus se manifestava com pequenos gestos, no cotidiano. E isso foi suficiente para que desse o primeiro passo de ir nos encontros vocacionais do Seminário Maior Arquidiocesano.

Hoje estou no seminário e tenho uma vida que não é muito fácil, porém contraria a todo meu pensamento poético de achar que aqui eu sentiria e morreria de amor por Jesus que está a uns cinco metros do meu quarto. Embora, exista muitas dificuldades “EU SEI EM QUEM COLOQUEI MINHA FÉ” e sei que ele nunca me abandonou e nunca me abandonará. Se amor é decisão a cada dia me decido por viver para Cristo.


Seminarista Gustavo Xavier