Consagro esta breve partilha ao
Imaculado Coração da Santíssima Virgem Maria para que ela conduza todos os
leitores ao conhecimento de seu dileto filho.
Antes de mais
nada acho justo uma breve apresentação. Meu nome é Gustavo, tenho vinte e dois
anos, sou filho de pais separados, tenho uma irmã mais velha (casada, e linda
por sinal). Formado em Artes Cênicas (licenciatura) na Universidade de Brasília
e atualmente sou seminarista. Porém como diz a música “Você não sabe o quanto
caminhei pra chegar até aqui”.
Como todo e
qualquer jovem sempre me questionei sobre o meu papel na sociedade. É muito
comum ouvirmos que devemos tornar o planeta em um espaço melhor e agradável,
que cada ser humano tem sua função, sua importância no mundo. Eu, não diferente
dos outros jovens, me questionava e queria saber por que vim ao mundo.
Como
acreditar em Deus depois de tanto sofrimento?
De tanta angustia? Minha Mãe ainda doente falava para que nós nunca
desistíssemos de Deus, pois ele sempre nos ensina com as adversidades da vida.
Assim continuamos vivendo, sofrendo pela ausência do meu pai e ainda mais com a
doença da minha mãe.
Comecei a
fazer teatro como terapia, já que não sabia controlar o excesso de sentimentos
que passava naquele momento. Então me apaixonei de tal modo pela arte que
resolvi me dedicar a ela. No entanto, não conseguia passar na UnB de jeito
maneira. Resolvi fazer uma barganha com aquela que sempre me auxiliou. Disse a
Virgem Maria que se ela me desse à graça de passar nos vestibular eu seria
sacerdote.
Durante todo o
curso sempre batia uma inquietude quando pensava na minha vocação. O coração
ardia em ver um padre celebrando o santo sacrifício, achava lindo um padre que
por amor usava batina, me atraí a radicalidade de alguns pregadores, mas pela
realidade que vivia na UnB e por ter novos sonhos, o sacerdócio foi esquecido
mais uma vez. No ultimo ano do curso todas as inquietudes voltaram com mais
intensidade. Passei a querer de Deus grande sinais, grandes manifestações da
minha vocação; queria que o céu se rasgasse e uma voz extraordinária falasse:
EIS O MEU FILHO MUITO AMADO QUE EU CHAMO AO SACERDÓCIO. Isso, porém, nunca
aconteceu. Com o auxílio de um diretor espiritual fui percebendo que Deus se
manifestava com pequenos gestos, no cotidiano. E isso foi suficiente para que
desse o primeiro passo de ir nos encontros vocacionais do Seminário Maior
Arquidiocesano.
Hoje estou no
seminário e tenho uma vida que não é muito fácil, porém contraria a todo meu
pensamento poético de achar que aqui eu sentiria e morreria de amor por Jesus
que está a uns cinco metros do meu quarto. Embora, exista muitas dificuldades
“EU SEI EM QUEM COLOQUEI MINHA FÉ” e sei que ele nunca me abandonou e nunca me
abandonará. Se amor é decisão a cada dia me decido por viver para Cristo.
Seminarista Gustavo Xavier
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